O que os 2.607 domicílios permanentes revelam sobre a moradia em Francisco Dumont (MG)

A estrutura das casas em Francisco Dumont

O Censo do IBGE mostra que Francisco Dumont possui 2.607 domicílios permanentes, o que já revela algo importante: a cidade tem uma quantidade de casas bem superior ao número de famílias residentes.

Dos 2.607 imóveis:

• 1.691 estão ocupados
• 378 estão vagos
• 538 são de uso ocasional

Isso cria três cenários relevantes:

1. Imóveis usados como segunda residência, sítios ou casas de descanso.
2. Imóveis vagos que podem representar oportunidades imobiliárias.
3. Um núcleo urbano e rural com ocupação espaçada, típico de cidades de baixa densidade populacional.

Como estão distribuídos os tipos de moradia?

A infraestrutura interna das casas revela bastante sobre a vida diária do morador.

🛁 Quantidade de banheiros por domicílio

A grande maioria das casas tem 1 único banheiro, indicador de moradias simples e funcionais. As casas com dois ou mais banheiros representam um público menor, mas com maior capacidade econômica.

Banheiro e saneamento: quase universal, mas ainda com exceções

Apesar da simplicidade das casas, o acesso a banheiro é quase universal:

• 1.681 domicílios ocupados têm banheiro de uso exclusivo
• Apenas 3 domicílios não têm banheiro ou sanitário
• 7 têm apenas banheiro de uso comum

💡 O que isso revela?
O básico está garantido na maior parte das casas, mas ainda existem situações críticas que impactam saúde e dignidade.

Abastecimento de água: uma mistura de soluções

O acesso à água varia:

A presença de poços e fontes alternativas reforça o caráter rural da cidade. Ainda existem domicílios sem qualquer ligação à rede geral, o que pode gerar problemas de qualidade da água e gastos extras.

Saneamento básico: fossas ainda dominam a cidade

Mais da metade das casas dependem de algum tipo de fossa:

🔍 Interpretação:
A falta de rede de esgoto mostra uma infraestrutura limitada e aponta para necessidades de reforma, melhoria sanitária e investimentos domésticos.

Destino do lixo: entre coleta pública e queima no quintal

A coleta de lixo cobre boa parte da cidade, mas uma parcela significativa ainda depende de soluções improvisadas:

O dado mais sensível é o dos 375 domicílios que queimam lixo — quase 1 em cada 5 casas. Isso indica vulnerabilidade ambiental e falta de cobertura completa do serviço público.

Domicílios vazios e de uso ocasional: o que isso significa?

Somando os imóveis:

• 378 domicílios vagos
• 538 de uso ocasional

São 916 casas sem moradores fixos.

Esse número é muito significativo para uma cidade com 4.503 habitantes.

Isso pode significar:

• Imóveis antigos desocupados
• Casas de famílias que migraram
• Sítios usados apenas nos fins de semana
• Potenciais oportunidades de compra e reforma
• Estoque imobiliário pouco aproveitado

💡 Oportunidade:
A cidade tem espaço para projetos imobiliários, locações rurais, reformas e reconstruções.

O que esse conjunto de dados revela sobre a qualidade de vida?

📌 Pontos positivos:

• A grande maioria das casas tem banheiro exclusivo
• Há uma quantidade expressiva de casas disponíveis
• O padrão habitacional básico é relativamente estável

📌 Pontos de atenção:

• Dependência alta de fossas rudimentares
• 22% das casas queimam lixo
• Parte das residências não recebe água da rede geral
• População pequena e dispersa

Conclusão: o retrato da moradia em Francisco Dumont

As casas de Francisco Dumont refletem uma cidade simples, rural e tranquila, mas também marcada por desafios de saneamento e infraestrutura.

Os dados mostram:

• Famílias vivendo com orçamento ajustado
• Imóveis que podem ser aproveitados para moradia ou renda
• Oportunidade de melhorias habitacionais
• Necessidade de investimentos em saneamento e água

É um cenário onde as decisões financeiras — reforma, compra, organização familiar — devem ser feitas com base na realidade local, e não em médias nacionais que não representam o município.

📌 Fonte

Dados extraídos de consulta pública do IBGE – Censo 2022 e levantamentos habitacionais oficiais.