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Manoel Urbano, no Acre, é um município de grande extensão territorial, com pouco mais de 10.500 quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 12.900 pessoas, segundo estimativas recentes. Essa baixa densidade demográfica, pouco acima de um habitante por quilômetro quadrado, revela um cenário de comunidades espalhadas, muitas vezes distantes umas das outras, o que traz desafios para o desenvolvimento econômico, a saúde pública e a educação.
Economia local: desafios e potencialidades
O Produto Interno Bruto per capita de Manoel Urbano é de aproximadamente 19 mil reais, um valor que indica uma economia modesta, típica de municípios de interior. A receita municipal prevista para 2024 supera os 69 milhões de reais, com despesas em torno de 61 milhões, o que sugere uma gestão administrativa equilibrada e capacidade de investimento.
No entanto, o grande território e a baixa densidade dificultam a oferta de serviços e a geração de empregos em maior escala. A população, majoritariamente composta por pessoas identificadas como pardas, seguidas por brancos e indígenas, vive em grande parte em casas, mas também em malocas e cortiços, refletindo a diversidade e as condições variadas do mercado imobiliário local.
Saúde: um quadro que exige atenção
Um dos indicadores mais preocupantes é a taxa de mortalidade infantil, que chega a quase 35 óbitos por mil nascidos vivos. Esse número, bastante elevado, revela a necessidade urgente de melhorias no atendimento pré-natal, nas condições sanitárias e no acesso aos serviços básicos de saúde.
A infraestrutura domiciliar mostra que, embora a maioria das casas tenha banheiro, cerca de 15% dos domicílios não contam sequer com banheiro ou sanitário, convivendo com instalações precárias como fossas rudimentares ou buracos. O saneamento básico é, portanto, uma questão crítica para a saúde da comunidade, impactando diretamente a qualidade de vida e a prevenção de doenças.
Educação: boas notícias e espaço para avanços
A escolarização entre crianças de 6 a 14 anos alcança um índice de mais de 82%, o que indica que a maioria das crianças está inserida no sistema educacional. Esse dado é positivo e mostra um avanço importante para um município com tantos desafios territoriais e sociais.
Esse acesso à educação básica é fundamental para o desenvolvimento futuro da cidade, preparando as novas gerações para ampliar as oportunidades econômicas e sociais. Contudo, o índice de Desenvolvimento Humano Municipal, medido em 2010, ainda é baixo, refletindo as condições gerais de vida, renda e escolaridade que precisam ser fortalecidas para garantir uma educação de maior qualidade e inclusão.
Vida cotidiana e infraestrutura domiciliar
A rotina dos manoel-urbanenses envolve uma média de quase quatro moradores por domicílio, com mais de 3 mil residências ocupadas. A maioria dos domicílios possui ao menos um banheiro de uso exclusivo, mas ainda há um número significativo de residências que dependem de banheiros coletivos ou que não possuem instalações sanitárias adequadas.
A captação de água também mostra desafios: muitos domicílios não contam com ligação à rede geral de abastecimento, dependendo de fontes alternativas como poços rasos, fontes naturais ou até mesmo água da chuva armazenada, prática ainda pouco frequente. A coleta de lixo é realizada de forma organizada em muitos domicílios, mas também há depósitos em terrenos baldios, evidenciando dificuldades na gestão do lixo e na manutenção do meio ambiente urbano.
Conclusão
Manoel Urbano enfrenta desafios típicos de municípios amazônicos: vasto território, população dispersa, infraestrutura básica insuficiente e indicadores sociais que pedem atenção. Ao mesmo tempo, a cidade mostra avanços importantes na escolarização e mantém uma gestão financeira que pode viabilizar melhorias.
O foco em ampliar o saneamento básico, fortalecer a saúde pública e investir em educação de qualidade será fundamental para melhorar o cotidiano dos manoel-urbanenses e garantir um desenvolvimento mais justo e sustentável.
Fonte de dados: IBGE — Município: 1200344
Este conteúdo é interpretativo e informativo, baseado exclusivamente em dados oficiais do IBGE. Não constitui recomendação financeira.
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