A busca por alternativas para reduzir a conta de luz não é mais apenas individual. Condomínios residenciais e comerciais estão se organizando em cooperativas de energia, aproveitando a regulamentação da geração compartilhada e os incentivos da geração distribuída.
Esse modelo permite que moradores compartilhem os custos de um sistema de geração (geralmente solar ou PCH) e se beneficiem de créditos de energia distribuídos entre todos os participantes. Mais do que economia, trata-se de um passo importante para democratizar o acesso a fontes renováveis.
O que são cooperativas de energia em condomínios
As cooperativas de energia são associações formadas por pessoas físicas ou jurídicas que se unem para produzir ou comprar energia de forma coletiva.
No caso de condomínios, o modelo mais comum é instalar um sistema de geração distribuída (normalmente solar fotovoltaico) em uma área comum ou até mesmo em outro local dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
“As cooperativas de energia permitem que pequenos consumidores tenham acesso às mesmas vantagens de grandes empresas no setor elétrico.” — Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
Como funcionam as cooperativas de energia em condomínios
O condomínio se organiza em uma pessoa jurídica de natureza cooperativa. Essa entidade celebra contrato com uma distribuidora ou comercializadora e realiza a compensação de créditos de energia.
Etapas principais:
- Criação da cooperativa com registro legal.
- Instalação de usina de geração distribuída (solar, eólica ou PCH).
- Conexão à rede da distribuidora.
- Distribuição dos créditos de energia gerados proporcionalmente ao consumo de cada morador associado.
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Vantagens das cooperativas de energia para condomínios
Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Redução coletiva da conta de luz: quanto maior a escala, maior a economia.
- Sustentabilidade: incentivo ao uso de fontes renováveis.
- Inclusão energética: moradores que não podem instalar painéis em suas unidades ainda participam do modelo.
- Valorização do imóvel: condomínios sustentáveis tendem a atrair mais moradores e investidores.
Você sabia? Segundo a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), a economia em cooperativas de energia pode chegar a 40% na fatura mensal.
Desafios e limitações do modelo
Apesar dos benefícios, ainda existem obstáculos:
- Complexidade jurídica e administrativa: criação e gestão da cooperativa demandam assessoria especializada.
- Custo inicial elevado: instalação de usina exige investimento coletivo significativo.
- Dependência regulatória: mudanças nas regras de compensação de créditos podem impactar a atratividade.
Como criar uma cooperativa de energia em condomínio
Para um condomínio interessado em adotar o modelo, os passos geralmente incluem:
- Reunião condominial: aprovação da ideia pelos moradores.
- Criação da cooperativa: formalização legal e registro em cartório.
- Projeto técnico: elaboração por empresa especializada em geração distribuída.
- Financiamento ou consórcio: definição da forma de custear a usina.
- Conexão e homologação pela distribuidora: etapa final antes do início da compensação.
O futuro das cooperativas de energia no Brasil
Com o avanço da Lei 14.300/2022 (Marco Legal da Geração Distribuída), as cooperativas de energia tendem a crescer rapidamente.
Esse modelo pode transformar a forma como condomínios residenciais e comerciais lidam com a conta de luz, estimulando a democratização do acesso a fontes renováveis e fortalecendo a transição energética.
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