Financiamento Estudantil: Como Funciona, Taxas, Quem Pode Fazer e Principais Linhas
O financiamento estudantil possibilita pagar o curso superior de forma parcelada, com juros reduzidos ou até mesmo sem juros, dependendo da instituição. Ele é utilizado tanto para graduação quanto pós-graduação, cursos técnicos e EAD.
Nesta página você aprende como funcionam as principais linhas — incluindo FIES e crédito privado —, quais são as taxas, regras, documentos exigidos e dicas para conseguir aprovação.
Como funciona o financiamento estudantil?
A instituição financeira paga a mensalidade diretamente para a universidade. O aluno estuda normalmente e quita o contrato com o banco durante ou após a conclusão do curso. A depender da linha, pode haver carência para começar a pagar.
Modelos mais comuns
- Pagamento simultâneo: aluno paga parte da mensalidade durante o curso e o restante depois;
- Pagamento pós-conclusão: quita a dívida apenas após se formar;
- Carência estendida: paga uma parcela simbólica enquanto estuda.
Principais linhas de financiamento estudantil
1. FIES (Fundo de Financiamento Estudantil)
Programa do governo federal. Permite financiar até 100% da mensalidade, com juros zero para estudantes de baixa renda. A aprovação depende da nota do Enem, renda familiar e disponibilidade de vagas por região.
- Juros: pode ser zero;
- Carência: até a conclusão do curso;
- Pagamento: após a formatura, com parcelas acessíveis;
- Requisitos: renda familiar até 3 salários mínimos por pessoa e nota mínima no Enem.
2. Bancos privados e fintechs
Crédito estudantil sem necessidade de ENEM. Ideal para quem não se enquadra no FIES ou está em instituições que não participam do programa.
- Juros: variáveis, geralmente entre 0,8% e 2,5% ao mês;
- Prazos: podem chegar a 6 a 12 anos, dependendo do curso;
- Carência: parcial ou total, dependendo da empresa;
- Exige fiador em algumas instituições.
3. Programas das próprias universidades
Muitas faculdades privadas oferecem crédito próprio, com análise simplificada e taxas reduzidas.
Quem pode financiar?
- Estudantes de graduação (presencial ou EAD);
- Alunos de pós-graduação e MBAs;
- Estudantes de cursos técnicos ou profissionalizantes;
- Quem busca especializações ou cursos de longa duração.
Taxas de juros e prazos
As condições variam entre programas públicos e privados:
- FIES: juros zero para baixa renda;
- Privados: 0,8% a 2,5% ao mês, dependendo do perfil;
- Prazos: até 72 a 144 meses;
- Carência: pode ser parcial ou total.
Documentos necessários
Para o aluno
- RG e CPF;
- Comprovante de residência;
- Comprovante de matrícula ou aprovação no vestibular;
- Comprovante de renda familiar;
- Declaração do Imposto de Renda (quando aplicável);
- Histórico ou nota do ENEM (no caso do FIES).
Para o fiador (quando exigido)
- Comprovante de renda;
- Documentos pessoais;
- Certidões negativas.
Vantagens
- Acesso à graduação mesmo sem recursos imediatos;
- Possibilidade de juros zero no FIES;
- Prazos longos e parcelas compatíveis com o orçamento;
- Carência para começar a pagar após a conclusão;
- Facilita upgrade profissional e aumento de renda.
Desvantagens e riscos
- Endividamento de longo prazo;
- Exige planejamento financeiro;
- Dependência de fiador em algumas linhas privadas;
- Rigor na renovação semestral (no caso do FIES).
Dicas para conseguir aprovação
- Organize documentos antes de aplicar;
- Revise sua renda comprovada;
- Verifique condições da universidade e do curso;
- Se for FIES, confira nota mínima e prazos;
- Pesquise taxas e CET entre bancos privados.
Quando o financiamento estudantil vale a pena?
- Quando o curso terá impacto no salário futuro;
- Quando não há condições de pagar a mensalidade agora;
- Quando a universidade oferece boas condições de pagamento;
- Quando a taxa é menor que a inflação educacional (comum).
Compare com outras modalidades
Ou volte para Financiamentos.